segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Clarra III






Esse texto tava perdido aqui esperando pra ser postado deve ter uns 4, 5 meses. Postei quanto mais cedo melhor pq as idéias tem prazo de validade.

Vai, Clarinha (Y)







Eu sei, meu blog ta ficando emo! Calma. Essa não era bem a idéia, mas quando as coisas aqui dentro não ficam boas, é pra Internet que agente se volta, já que quem você queria mesmo que escutasse, nunca vai estar lá pra escutar.

Da pouca vidinha que vivi e dos poucos relacionamento que surgiram eu poderia guardar boas lembranças de todos. Mas, também, em nenhum deles posso dizer que não me restaram grandes decepções. Agente nunca sabe dizer quando agente ama de verdade, mas, agente tem certeza que dentro de nós temos um grande carinho por uma pessoa qual seja. No meu caso, tenho quase certeza que todas as vezes esse carinho que eu sentia era um grande - mas realmente grande - amor cuja vida tentei com todos meus esforços manter!

E o mais triste dessas minhas perdas não é o fato do relacionamento não ter dado certo por um motivo ou outro. O mais triste é ter a desolante - e falha – percepção que as promessas feitas por essas pessoas nunca foram expressadas na plena consciência de seu significado.

Quando eu digo que eu amo alguém, assumo como verdadeiro a qualidade de ser eterno.
Quando admito que ele é eterno e espero, ainda que se desvaneça com o tempo, que ele dure por muito tempo!

E quando se tem a certeza que ele dura por muito tempo, não se pode forçar, por qualquer motivo, aquele amor sair. Aprendamos a lidar com ele quando tentar sumir, despedaçar, estilhaçar ou tornar-se em algo incomodo. Aprendamos a apenas transformá-lo em algum outro tipo de carinho qualquer que possamos carregar conosco.
Mas ele não deve ser transformado a menos que seja reconhecidamente nocivo! É definitivamente inadmissível, inexplicável, “inconsiderativo”, a tentativa em transformá-lo em ódio, indiferença ou, muito menos, a pena, ou ainda, algo que o valha.

Não me falta indignação ao perceber a falta de respeito que se tem com um sentimento tão nobre. Sentimento, este, que cativei na inocência de que os outros fariam o mesmo.

Futuro Amor, caso você também não se digne a aprender como lidar com esse rebelde sentimento, lembre-se: nunca é tarde para tratar das feridas expostas.

Era só isso que eu queria que o mundo soubesse.

Um comentário:

SusanaSS disse...

Certa vez você comentou no meu "blog"... Não sei se devo chamar de blog, porque tem míseras quatro postagens e eu mais acompanho escritos alheios do que posto os meus... Todavia, voltando ao seu comentário, que foi um simples *fiiu* (Não sei se o *fiiu* representava alívio pelo final do texto ou se soava como uma identificação pelas sensações descritas...

O que me motiva a escrever esse comentário no seu blog (não tenho seu e-mail...rs) é que do simples "*fiiu*" nasceu uma das maiores identificações sentimentais, cinematográficas e literárias que meu noctívago senso já percebeu...
E apesar de não "rabiscar" em nenhum post seu, eu acompanho cada um, cada palavra, cada desabafo... E me identifico com essa dor estranha que você sente, com essa necessidade de expressão, isso de escrever para não gritar também faz parte de mim...

É essa singularidade na sua escrita que me fascina e que me faz querer ser o Cazuza e colocar toda a sua dor numa garrafa e beber num único gole... Eu poderia escrever esse "rabisco" anonimamente, mas o anônimo é um cara curioso. Tem opinião sobre tudo e coragem para dizer tudo, doa a quem doer. O anônimo é um cara firme, um defensor de alguma causa sempre. Crítico feroz, paladino de algo. Se o mundo dependesse dos anônimos seria politicamente correto, sem nenhum desvio. O único problema é que o anônimo é apenas o avatar do covarde. O cara senta no computador e sai desferindo golpes aqui e ali. Mas não assina nada. Ninguém nunca poderá provar que aquela idéia é dele. Ninguém nunca poderá sequer discordar dele, já que não foi ele que escreveu. Anônimos são sempre cagoetas. Na China e em Cuba entregam os que são contra o regime. Na segunda guerra entregaram Anne Frank e sua família aos nazistas. Entregam maridos e esposas infiéis. E enchem o saco nos blogs! Porque levam a sério tudo o que lêem, não tem um pingo de senso de humor e nenhuma molécula de honestidade. Ou simplesmente morrem de inveja dos que tem coragem de assinar. O seu blog é o oposto do anônimo, é a total exposição de uma só pessoa. Seu lado bom e ruim, seu lado justo e injusto, seu lado feio e bonito. O incrivelmente profundo e o vergonhosamente raso. E também é uma monarquia, sem parlamento, onde a rainha pode mudar as regras quando bem entende, sem precisar fingir que colocou em votação...

É isso, deve soar meio estranho, mas é exatamente assim que eu sinto...
Um beijo.